A gestão empresarial é a arte de organizar pessoas e recursos de maneira eficiente para alcançar os objetivos de uma empresa. Ela envolve o planejamento, a organização, a direção e o controle de todas as atividades da empresa.
O que é gestão empresarial?
Pode-se entender gestão empresarial como o conjunto de atividades e processos utilizados para administrar uma empresa com eficiência e estratégia. Isto inclui o planejamento estratégico e a coordenação de recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos.
Qual a importância da gestão empresarial?
O objetivo da gestão empresarial é alcançar resultados satisfatórios ao melhorar a eficiência e produtividade da empresa.
Além disso, esta gestão fortalece o entendimento da empresa sobre o comportamento organizacional e auxilia gestores em sua liderança.
A falta ou má gestão pode levar uma empresa a endividar-se e até mesmo fechar suas portas. Segundo um estudo publicado pelo Sebrae em 2014, a má gestão empresarial é a segunda causa de mortalidade de empresas do país.
Como ter uma gestão empresarial eficiente?
A gestão empresarial eficaz começa com um plano estratégico claro. Este é um roteiro para o sucesso da empresa, definindo a direção geral que a empresa pretende seguir e os objetivos específicos que pretende alcançar. O plano estratégico deve ser flexível o suficiente para se adaptar a mudanças nas condições de mercado, mas também firme o suficiente para fornecer uma orientação consistente.
Além disso, a gestão empresarial envolve a gestão de pessoas. Isso significa contratar as pessoas certas, treiná-las efetivamente e motivá-las para que elas contribuam para o sucesso da empresa. A gestão de pessoas também inclui a criação de uma cultura corporativa positiva que incentiva a colaboração e a inovação.
Por fim, a gestão empresarial envolve o controle dos recursos da empresa. Isso inclui a gestão financeira, a gestão de operações e a gestão de riscos. A gestão eficaz desses recursos é crucial para garantir a sustentabilidade e o crescimento a longo prazo da empresa.
Para ter uma gestão de empresa eficiente, algumas diretrizes podem ser seguidas, como:
Definir metas claras e realistas
Defina metas específicas e alcançáveis para todos os setores da empresa para que todos os funcionários saibam o que é esperado e trabalhem em prol de um objetivo em comum.
Elaborar um planejamento estratégico
Um plano de ação detalhado, com objetivos de longo prazo, estratégia para alcançá-los e indicadores para monitorar o desempenho, é importante para direcionar as atividades da empresa rumo a direção correta, além de auxiliar os setores a se manterem organizados e eficientes em um ambiente de crescimento contínuo.
Promover uma boa comunicação interna
A comunicação entre colaboradores, setores e funcionários é fundamental para evitar ruídos e desentendimentos, além d e promover o trabalho em equipe.
Investir em capacitação e desenvolvimento profissional
Ofereça treinamentos e oportunidades de desenvolvimento para os funcionários. Isto é fundamental para mantê-los motivados e atualizados, além de contribuir para o crescimento da empresa como um todo.
Utilizar tecnologia e sistemas de gestão
Adote ferramentas tecnológicas e sistemas de gestão adequados às necessidades da empresa para auxiliar na organização, automatização de processos, monitoramento de indicadores e tomada de decisões mais assertivas.
Monitorar e analisar dados
Acompanhe regularmente os indicadores de desempenho, como vendas, lucros, prazos de entrega, satisfação do cliente, entre outros, para identificar áreas de melhoria, corrigir desvios e tomar decisões embasadas em dados concretos.
Estabelecer a cultura de melhoria contínua
Encorajar os colaboradores a buscar constantemente melhorias nos processos, produtos e serviços da empresa e estar aberto a mudanças e inovações é fundamental para se adaptar às demandas do mercado em constante evolução.
Estimular um ambiente de trabalho saudável
Ao garantir um clima organizacional positivo, valorizar a diversidade, oferecer benefícios e incentivos aos colaboradores, além de promover a qualidade de vida, contribui para o engajamento e retenção de talentos.
Definir parcerias estratégicas
Busque alianças com fornecedores, clientes e outras empresas do mesmo setor. Isto pode trazer benefícios mútuos, como redução de custos, ampliação de mercado, compartilhamento de conhecimento, entre outros.
Acompanhar o mercado e as tendências
O mercado está em constante transformação devido às mudanças da tecnologia e do comportamento do consumidor. Acompanhe tudo que está acontecendo relacionado a sua empresa e monitore a concorrência. Assim, seu negócio pode se adaptar às novas demandas e manter-se competitivo.
Tipos de gestão empresarial
Gestão centralizadora
Neste tipo de gestão, a tomada de decisões é feita por uma área específica ou por um grupo pequeno de pessoas na empresa, sendo geralmente o CEO ou a diretoria. Para pequenos negócios, a centralização pode ser vantajosa por facilitar o controle sobre os processos e sobre a produtividade, padronizar processos e comunicações, além de facilitar a criação de relatórios precisos.. Entretanto, para que isso funcione com eficiência, as pessoas que estão relacionadas com as tomadas de decisões devem ter informações importantes e atualizadas sobre o negócio, como relatórios gerenciais, financeiros, crescimento, entre outros.
Por mais que os benefícios da gestão centralizada pareçam interessantes, é preciso estar ciente das desvantagens deste tipo de gestão. A principal delas é o risco de se criar uma cultura corporativa autoritária e inflexível. A longa linha de comunicação para a tomada de decisão centralizada resulta em tempos maiores para a comunicação e mudanças e também em custos operacionais mais altos. Além disso, as decisões podem ser tomadas longe de alguns funcionários que se sentirão desconectados dos objetivos da empresa e, por consequência, desmotivados.
Gestão comportamental
A gestão comportamental envolve a análise e compreensão do comportamento dos funcionários, considerando fatores como motivação, emoções, atitudes e habilidades. Ela se baseia na ideia de que ao entender os motivadores e as necessidades dos funcionários, é possível implementar estratégias eficazes de gestão que promovam um ambiente de trabalho saudável e produtivo.
Um dos principais benefícios da gestão comportamental é a criação de uma cultura organizacional positiva, na qual os funcionários se sentem valorizados e engajados. Isso pode resultar em uma maior satisfação no trabalho, maior produtividade e retenção de talentos. Além disso, a gestão comportamental pode ajudar a prevenir conflitos e melhorar a comunicação entre os membros da equipe.
No entanto, a gestão comportamental também apresenta algumas desvantagens. Ela pode ser bastante complexa de implementar e requer um nível de conhecimento e habilidades por parte dos gestores. Além disso, é possível que nem todos os funcionários respondam da mesma forma a determinadas estratégias comportamentais, o que pode dificultar a implementação de mudanças organizacionais.
Gestão por ciclo PDCA
O ciclo PDCA foi elaborado com foco na melhoria contínua e no melhor resultado final possível. Cada letra da sigla se refere a uma etapa diferente:
- Plan (Planejar)
- Do (Fazer)
- Check (verificar ou analisar)
- Act ou Adjust (agir ou ajustar)
Durante o planejamento, a primeira etapa, os objetivos e metas da empresa são definidos, assim como as estratégias que serão utilizadas para alcançar cada um deles. Além disso, também são estabelecidos os indicadores de desempenho e os profissionais responsáveis por cada atividade.
Na segunda etapa, todos os itens do planejamento são colocados em prática. Aqui, é fundamental que haja uma comunicação eficiente além do acompanhamento contínuo das atividades para garantir que o planejamento seja seguido.
Após a execução, vem a terceira fase: a verificação. Todos os resultados são monitorados e comparados com as metas estabelecidas inicialmente. É nessa etapa que são identificadas as falhas e oportunidades de melhoria.
Por fim, temos a etapa de ação, onde são implementadas as melhorias identificadas na fase anterior. Nessa etapa, é fundamental que haja um comprometimento da liderança e ações efetivas para corrigir as falhas e aprimorar os processos.
As vantagens deste tipo de gestão empresarial são a melhoria contínua, abordagem sistemática e estruturada para gestão de problemas e mudanças, envolvimento dos colaboradores em todo o processo e análise de dados.
Entretanto, a implementação do ciclo PDCA pode exigir um investimento de tempo e recursos da organização. Além disso, alguns colaboradores podem ter resistência em relação à implementação desta gestão, especialmente se a mudança envolve uma modificação significativa dos processos de trabalho existentes
Outra desvantagem da gestão por ciclo PDCA é a complexidade. Embora esta seja uma abordagem estruturada, pode ser complexo para algumas organizações implementarem e gerenciarem. Será necessário investir em treinamento e capacitação para que os colaboradores entendam o processo e possam aplicá-lo corretamente. Além disso, este tipo de gestão pode não ser suficiente para lidar com problemas complexos ou transformações organizacionais mais amplas.
Gestão Democrática
A gestão democrática é um modelo de administração que busca a participação e o envolvimento de todos os membros de uma organização nas decisões e processos de tomada de decisão. Esse estilo de gestão promove a igualdade, a transparência e a inclusão, permitindo que todos os indivíduos tenham voz ativa e possam contribuir com suas ideias e opiniões.
Uma das principais vantagens desta gestão empresarial é o aumento da motivação e do comprometimento dos colaboradores. Quando as pessoas sentem que suas opiniões são valorizadas e que têm influência nas decisões da empresa, elas se tornam mais engajadas e participativas. Isso leva a um maior senso de responsabilidade e a um ambiente de trabalho mais colaborativo.
Além disso, este modelo de gestão favorece a criatividade e a inovação. Ao permitir que diferentes perspectivas e experiências sejam consideradas, as soluções propostas tendem a ser mais diversificadas e eficientes. Isso pode resultar em decisões mais acertadas e na identificação de novas oportunidades de negócio.
Contudo, é importante destacar que a gestão democrática também apresenta desafios. Um dos principais é a necessidade de um processo de tomada de decisões mais demorado. Isso ocorre porque é preciso levar em consideração as opiniões e contribuições de todos os indivíduos envolvidos, o que pode levar a discussões mais prolongadas.
Além disso, existe o risco desta gestão se tornar excessivamente burocrática, com muitas reuniões e processos de consulta, o que pode retardar a implementação de decisões e prejudicar a agilidade da organização.
Portanto, a gestão democrática é benéfica, pois promove a participação e a inclusão, mas é importante encontrar um equilíbrio entre a busca pelo consenso e a necessidade de agilidade e eficiência.
Gestão por processos
A gestão por processos é uma abordagem que tem como objetivo a eficiência e eficácia das organizações, concentrando-se nas atividades e fluxos de trabalho para alcançar um resultado desejado.
Esse tipo de gestão envolve a identificação e análise dos processos existentes, a definição de metas e indicadores de desempenho, a implementação de melhorias e o monitoramento contínuo dos processos para garantir a sua efetividade.
Uma das vantagens desta gestão empresarial é a melhoria da eficiência. Ao analisar e otimizar processos, é possível eliminar gargalos, reduzir desperdícios e retrabalho, e melhorar a produtividade e o desempenho geral da organização.
Outro benefício é o foco no cliente. Ao adotar uma abordagem centrada no cliente, os processos podem ser projetados para atender melhor às necessidades e expectativas dos clientes, resultando em maior satisfação e fidelidade.
Além disso, a gestão por processos confere maior agilidade e flexibilidade. Este modelo permite que as organizações sejam mais ágeis e adaptáveis às mudanças no mercado, respondendo rapidamente a novas necessidades e oportunidades.
No entanto, também existem algumas desvantagens da gestão por processos. Pode haver resistência cultural, ou seja, os funcionários podem ter resistência quanto a implementação da gestão por processos, especialmente se eles estão acostumados com abordagens tradicionais de trabalho.
Além disso, a gestão por processos pode ser complexa, exigindo uma análise detalhada dos processos existentes, bem como a implementação de sistemas e ferramentas para medir e monitorar o desempenho.
Este tipo de gestão requer um investimento significativo de tempo, recursos e treinamento para ser eficazmente implementada, o que pode representar um desafio para algumas organizações.
Gestão por resultados
A gestão por resultados é uma abordagem amplamente utilizada em organizações para direcionar e medir o desempenho de equipes e colaboradores com base em metas e objetivos pré-definidos. Esse tipo de gestão enfatiza a importância de alcançar resultados tangíveis e mensuráveis para atingir o sucesso organizacional.
Uma das principais vantagens da gestão por resultados é sua capacidade de fornecer um foco claro e direcionado para os colaboradores. Ao estabelecer metas específicas e mensuráveis, os funcionários têm uma compreensão clara do que é esperado deles e no que precisam se concentrar para alcançar os resultados desejados. Isso promove a responsabilidade pessoal e permite que os colaboradores se sintam mais engajados e motivados em sua rotina de trabalho.
Além disso, esta gestão empresarial proporciona uma maior transparência e objetividade no processo de avaliação do desempenho. Ao trabalhar com metas e indicadores concretos, é possível avaliar de forma mais precisa o desempenho dos colaboradores, com base em critérios mensuráveis e objetivos. Isso ajuda a evitar julgamentos subjetivos e favorecimentos, tornando o processo mais justo e imparcial.
No entanto, a gestão por resultados também apresenta algumas desvantagens. Uma delas é o risco de criar um ambiente competitivo em excesso, onde os colaboradores podem se concentrar puramente em alcançar as metas estabelecidas, sem considerar outros aspectos importantes, como qualidade, colaboração e inovação. Isso pode levar a tomadas de decisão de curto prazo e à negligência de oportunidades de longo prazo.
Outra desvantagem é a possibilidade de estabelecer metas inatingíveis ou irreais, o que pode levar a frustração e desmotivação dos colaboradores. É importante que as metas sejam desafiadoras, mas também realistas e alinhadas com as circunstâncias e recursos disponíveis.
Gestão por cadeira de valor
A gestão por cadeia de valor é uma abordagem estratégica que visa analisar e planejar as atividades de uma empresa em termos de valor que elas agregam ao produto ou serviço final. Essa metodologia considera que uma empresa é um conjunto de atividades interligadas que se complementam para entregar valor aos clientes.
Dentro do conceito de cadeia de valor, as atividades são divididas em duas categorias principais: atividades primárias e atividades de suporte. As atividades primárias incluem a logística interna, operações, logística externa, marketing e vendas, e serviços. As atividades de suporte são compostas por infraestrutura da empresa, gestão de recursos humanos, pesquisa e desenvolvimento, e aquisição.
Esta gestão traz várias vantagens para as empresas. Ela permite uma visão holística dos processos, possibilitando identificar gargalos e pontos de melhoria. Além disso, ajuda na identificação de fontes de vantagem competitiva, ao analisar em quais atividades a empresa se destaca em relação aos concorrentes. Também cria uma cultura de eficiência e orientação ao cliente, ao incentivar uma visão centrada em agregar valor para o cliente final.
No entanto, também existem desvantagens na gestão por cadeia de valor. Por ser uma metodologia abrangente, pode ser complexa de implementar e requerer um esforço significativo de monitoramento e análise dos processos. Além disso, pode ser difícil quantificar o valor agregado em cada atividade, tornando mais desafiador tomar decisões estratégicas com base nessa análise e também pode haver resistência de funcionários ou setores que se vejam ameaçados pela mudança de foco ou pela visibilidade ampliada dos processos.
Gestão comportamental
A gestão comportamental é uma abordagem de gerenciamento que se concentra no comportamento dos indivíduos em uma organização, buscando compreender e influenciar as ações dos colaboradores para alcançar os objetivos organizacionais de forma mais eficiente. Essa abordagem é baseada na ideia de que as pessoas são influenciadas por fatores internos, como motivação, atitudes e habilidades, e externos, como ambiente de trabalho, e deve-se considerar esses fatores ao gerenciar equipes.
Uma das vantagens deste tipo de gestão é a possibilidade de identificar e solucionar problemas de desempenho dos colaboradores, através de uma análise mais aprofundada do comportamento. Além disso, essa abordagem pode melhorar o clima organizacional, aumentar a motivação e a satisfação dos funcionários, assim como contribuir para um melhor relacionamento entre equipe e liderança.
No entanto, a gestão comportamental também apresenta algumas desvantagens. Uma delas é a dificuldade de medir e quantificar o comportamento humano, uma vez que ele é influenciado por diversos fatores internos e externos. Além disso, a implementação dessa abordagem pode demandar um investimento de tempo e recursos, uma vez que requer uma mudança na cultura organizacional e treinamento dos gestores. Além disso, pode também ocorrer resistência por parte dos colaboradores, especialmente se a abordagem não for realizada de forma adequada, com transparência e respeito.
Gestão por competências
A gestão por competências é um modelo de gestão de recursos humanos que visa identificar, desenvolver e reter os talentos dentro de uma organização com base nas competências individuais dos colaboradores. O foco é avaliar e potencializar as habilidades e conhecimentos dos funcionários, alinhando-os com os objetivos estratégicos da empresa.
Uma das principais vantagens da gestão por competências é a melhoria do desempenho organizacional. Ao identificar as competências necessárias para cada função, a empresa pode selecionar candidatos mais adequados, aumentando as chances de sucesso. Além disso, essa abordagem permite o desenvolvimento contínuo dos colaboradores, através de treinamentos específicos e feedbacks constantes. Isso impulsiona a motivação e a satisfação dos funcionários, resultando em maior produtividade.
Outra vantagem é a possibilidade de gerar um ambiente de trabalho mais colaborativo e engajado. Ao trabalhar com base nas competências individuais, é possível promover a diversidade de talentos e incentivar a colaboração, criatividade e inovação. Além disso, a gestão por competências facilita a identificação de lacunas de conhecimento e a criação de planos de carreira individualizados, estimulando o crescimento profissional.
No entanto, a gestão por competências também apresenta algumas desvantagens. Uma delas é a possibilidade de subjetividade na avaliação das competências. Dependendo da forma como é implementada e conduzida, pode ocorrer viés na avaliação, prejudicando a imparcialidade. Além disso, pode demandar um investimento significativo em treinamento e capacitação para que os gestores e colaboradores estejam aptos a utilizar essa abordagem e entender as competências necessárias para cada função.
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